domingo, 17 de agosto de 2025

CRISTÃOS-NOVOS - OS PRIMEIROS COLONIZADORES DO BRASIL


Um povo que preserva sua identidade e conhece suas raízes deixará com certeza seu legado na história. As etnias formadoras do povo Brasil são perfeitamente conhecidas, destacando-se o indígena, o africano e o europeu, mormente o povo lusitano, nosso colonizador. Mas, quem foram esses aventureiros portugueses? Degredados, desafortunados e banidos de seu país? Por que eles se arriscaram bravamente no horizonte desconhecido? Viriam ao encontro do novo mundo atraídos somente pelas riquezas e maravilhas da terra do Pau-Brasil? De fato, vários historiadores do Brasil colonial ocultaram uma relevante etnia que havia em Portugal denominada Cristãos-Novos, ou seja, judeus ibéricos que foram obrigados à conversão forçada ao catolicismo por imposição dos Tribunais do Santo Ofício da Inquisição.

A história relata que, em 31 de março de 1492, os judeus foram expulsos da Espanha pelos reis católicos Ferdinando e Isabel. Mais de 100.000 judeus cruzaram a fronteira adentrando em Portugal, na esperança de livremente praticar suas crenças. Em 1496,  Dom Manoel I, o Venturoso, se casou com a filha dos reis católicos da Espanha, na condição que Portugal também expulsasse os judeus. Dom Manoel I, interessado nos benefícios que a união das coroas traria, promulgou o decreto de expulsão em 5 de dezembro de 1496. Referindo-se ao aludido decreto, o historiador Arnold Wiznitzer destaca:

“Porém este decreto foi fraudulento em sua essência, pois o objetivo que visava não era a expulsão dos judeus e sim alcançar, mediante a força e artifícios, a conversão de aproximadamente 190 mil judeus residentes em Portugal, quase 20% da população total do país,”(1)

Dom Manoel estabeleceu prazo (de janeiro a outubro de 1497) para que todo judeu passasse por um processo de conversão ao catolicismo, caso desejasse permanecer em Portugal. Em outubro do mesmo ano, Dom Manoel anunciou que disponibilizaria naus às margens do Rio Tejo que os levaria de volta ao seu país de origem, a Terra Santa. Porém, naquele dia nenhuma nau apareceu e aquela multidão foi obrigada à uma conversão forçada, sendo ali mesmo naquela praça onde foram batizados em pé. (2). Daí surgiu a expressão até hoje conhecida: “ficaram a ver navios.”.

Assim, o escopo de Dom Manuel foi alcançado e a permanência dos judeus em Portugal estava garantida, sem desmantelar a situação financeira e comercial daquela época, além de assegurar a grande influência intelectual. Os judeus eram prósperos e, muitos deles, eram credores da Corte Portuguesa, financiando a construção de naus que zarpavam em direção à Índia e, posteriormente, rumo ao descobrimento do novo mundo.

A situação dos judeus tornou-se muito penosa, pois além de serem obrigados a abraçar a fé cristã, tiveram seus bens espoliados, sendo humilhados e confinados a viver naquele país. Voltar para Espanha, de onde foram expulsos, era impossível, bem como seguir em frente, tendo à vista o imenso oceano Atlântico. Alguns conseguiram escapar pelo Mediterrâneo alcançando às terras marroquinas e às cidades costeiras ao sul da Europa. Só lhes restavam esperar divinamente por um novo milagre: a abertura de um novo Mar Vermelho.

Naquele momento de crise, perseguição e desespero, Pedro Álvares Cabral, juntamente com alguns cristãos-novos, dentre eles o poliglota Gaspar da Gama, capitão-mor, que gozava de grande prestígio junto ao Rei D. Manuel (3). Pode-se imaginar a alegria de Gaspar da Gama, primeiro judeu a pisar na Terra de Vera Cruz, regressar a Portugal, levando consigo a boa nova: foi descoberto um paraíso, uma terra cheia de rios e montanhas, fauna e flora jamais vistos.

Teria pensado consigo: não seria aquele lugar descoberto uma “terra escolhida” para meus irmãos hebreus? Esta imaginação começou a tornar-se realidade quando o judeu de origem italiana, Fernando de Noronha (Ferdinando della Rogna), primeiro donatário do Brasil, demanda trazer um grande número de mão de obra para explorar seiscentas milhas da costa, construindo e guarnecendo fortalezas na obrigação de pagar uma taxa de arrendamento à coroa portuguesa a partir do terceiro ano (1503 a 1506).

Assim, milhares e milhares de cristãos-novos fugindo da chamada “Santa Inquisição” e das perseguições do “Santo Ofício” de Roma, começaram a colonizar o Brasil. Importante destacar que o presente artigo pretende abordar a contribuição dos Cristãos-Novos na colonização, sem desconsiderar a presença de outros grupos.

Fernando de Noronha, iniciou seus negócios com a exploração e comércio do pau-brasil e, em seguida, trouxe o plantio da cana-de-açúcar das ilhas de São Tomé e da Madeira, estabelecendo os primeiros engenhos e o sistema de plantation (monocultura para exportação).

Destaca-se, também, outro cristão-novo, Diogo Fernandes, o primeiro dono do Engenho “De Santiago” no nordeste brasileiro. Afinal, os cripto-judeus portugueses, como qualquer outro judeu da diáspora, procurava um lugar tranquilo e seguro para ali se estabelecer, trabalhar, e criar sua família dignamente. Na Terra de Santa Cruz os cristãos-novos prosperaram e se multiplicaram.

Em 1531, Portugal obteve de Roma a indicação de um Inquisidor Oficial para o Reino, e em 1540, Lisboa promulgou seu primeiro Auto-de-fé. Daí em diante, a colônia brasileira tornou-se local de exílio, para onde eram transportados os réus de crimes comuns, bem como judaizantes, ou seja, aqueles que aparentemente afirmavam ser cristãos-novos, porém, continuavam em secreto a professar a fé judaica.

Mas, esta tranquilidade acabou em 1591, quando o Brasil recebeu a visita do primeiro inquisidor, Heitor Furtado de Mendonça, enviado pelo Tribunal da Inquisição Portuguesa. A partir desta data inicia-se as delações daqueles que praticavam o crime de heresia naquela época, a saber, as práticas de tradições e ritos judaicos, bem como, bruxarias, feitiçarias, magias, incluindo também os apóstatas, bígamos, sacrílegos e qualquer outra conduta que ferisse os dogmas da Igreja Católica.

A perseguição aos cristãos-novos brasileiros representou mais de 80% dos processos da Inquisição portuguesa. Isto se deve à discriminação do povo hebreu como “assassinos” de Cristo desde os primórdios do cristianismo, seguido do interesse econômico, haja vista que os bens daqueles que se encontravam sob processos inquisitoriais eram confiscados.

Vários historiadores brasileiros que analisaram os processos inquisitoriais disponíveis na Torre do Tombo, em Lisboa, apresentam detalhes históricos desses colonizadores brasileiros que foram deportados, presos, processados, julgados e condenados às fogueiras da inquisição portuguesa. Portanto, ao se estudar tais processos pode-se constatar peculiares características, costumes, tradições que resultaram numa relevante influência judaica na formação do povo brasileiro.

JESUÍTAS NO BRASIL - CONTEUDO

segunda-feira, 19 de maio de 2025

ATIVIDADES DO 2º BIMESTRE

 01) FAÇA A LEITURA DO TEXTO ''OS POVOS ORIGINARIOS DO BRASIL'' E RETIRE 10 IDEIAS CHAVES DO TEXTO.

02) ESCREVA SOBRE OS POVOS TAPUIA DO RN.

03) FAÇA A LEITURA DO LIVRO NAS SEGUINTES PAGINAS ''54,55,57,58,59,61,62,63,64'' (NAVEGAÇÕES E O DESCOBRIMENTO DO BRASIL).

04) FAÇA A LEITURA DO LIVRO NAS SEGUINTES PAGINAS ''88,89,90,91,92,93,94,95,96,97,98,99,100'' (NOVO MUNDO E OS POVOS ORIGINARIOS).

LEITURA A - FAÇA A LEITURA DO LIVRO DE HISTORIA NAS PAGINAS  54 ATE A 64.

LEITURA B- FAÇA A LEITURA DO LIVRO NAS PAGINAS  ''88 ATE 93, 96 ATE 100.

05) FALE SOBRE O ''NOVO MUNDO'' NA PERSPECTIVA DOS EUROPEUS. (PAG. 88)

06) ESCREVA SOBRE AS TRIBOS TUPI-GUARANI. (PAG. 90 E 91).

07) FAÇA A LEITURA DO TEXTO '' INTRODUÇÃO A COLONIZAÇÃO DO BRASIL'', EM SEGUIDA MARQUE NA APOSTILA OS TRECHOS QUE VOCÊ CONSIDEROU INTERESSANTE.

08) FALE SOBRE O PROCESSO DA COLONIZAÇÃO DO BRASIL.

 

quinta-feira, 8 de maio de 2025

VÍDEOS PARA A PROVA ORAL

 FEUDALISMO

 
 SOCIEDADE FEUDAL

  O QUE É IDADE MÉDIA
 
RENASCIMENTO

RENASCIMENTO
AS GRANDES NAVEGAÇÕES
AS GRANDES NAVEGAÇOES

GRANDES NAVEGAÇOES




terça-feira, 1 de abril de 2025

ATIVIDADE DO 1º BIMESTRE

 

 TEMA 1: FEUDALISMO & SOCIEDADE FEUDAL

 

APOSTILA 1 - FEUDALISMO E SOCIEDADE FEUDAL

 

 01) Faça a leitura do texto: "Feudalismo & Sociedade Feudal" e marque na apostila os trechos que você considerou interessante durante a leitura.

LEITURA

02) O que é Feudalismo?

R= Feudalismo é o nome dado à forma de organização econômica e social vivenciada na Europa Centro-Ocidental durante o período histórico conhecido como Idade Média, entre os séculos V e XV.

03) Comparada aos dias de hoje, como a Sociedade Feudal é caracterizada?


R = Comparada aos dias de hoje, a sociedade feudal é reconhecida por uma mobilidade social bastante restrita. Em outras palavras, isso quer dizer que o indivíduo pertencente a uma determinada ordem acabaria se mantendo nela até o fim de sua vida. Dividia em três diferentes nichos, a sociedade dessa época está genericamente repartida entre clero, nobreza e campesinato.

04) Fale sobre a Sociedade Feudal do ponto de vista cultural.

R = Do ponto de vista cultural, a estabilidade desse modelo de organização pode ser compreendida através do forte sentimento religioso da época. Segundo a pesquisa de historiadores do quilate de Georges Duby, a organização social da Idade Média era encarada como um desígnio divino que deveria ser passivamente seguido por todos os cristãos. Ir contra as desigualdades e a exploração dessa época significava afrontar uma harmonia proveniente dos céus.

05) Fale sobre a Nobreza

R
= Era a nobreza que detinha o controle sobre os feudos e todo o cenário político da época. Os grandes proprietários eram integrantes da alta nobreza, reconhecida pelos títulos de rei, príncipe, arquiduque, duque, marquês e conde. Abaixo tínhamos a pequena nobreza, sendo composta pelos viscondes, barões e cavaleiros. Estes últimos eram os mais expressivos representantes das forças militares que asseguravam a proteção das propriedades.

06) Fale sobre os Servos (camponeses)

R = A maioria da população feudal era composta por camponeses. Eles eram responsáveis pelo trabalho nas terras e pela produção agrícola. Na maioria dos casos, os camponeses trabalhavam em regime de servidão e se submetiam às exigências de um senhor feudal. Vinculados a uma dura rotina de serviços, muitos camponeses esperavam que a penúria no mundo terreno fosse recompensada pela salvação de suas almas.

07) Fale sobre os vilões e escravos.


R = O vilão era um indivíduo livre que oferecia sua força de trabalho temporariamente a um senhor feudal. Dessa forma, poderia transitar entre diferentes propriedades e estava livre dos vínculos servis tradicionais. Já os escravos eram bastante escassos nessa época e geralmente ficavam responsáveis pela realização de trabalhos domésticos.

08) Caracterize a economia feudal até por volta do século X.

R = A economia feudal era agrícola e dependia da exploração da terra para que a riqueza fosse produzida. Pode ser dividida em duas fases, sendo que a primeira, até por volta do século X, era marcada por um comércio muito fraco e pela quase inexistência de moedas circulantes.

09) Relate as principais obrigações feudais dirigidas para os Servos.

R = No feudalismo, os servos também eram obrigados a pagar impostos para os senhores feudais e para a Igreja. Entre esses impostos, estavam:

A talha: o servo deveria dar uma parte do que ele produziu para o senhor feudal (dono da terra).
As banalidades: os servos deveriam pagar pelo uso dos equipamentos do senhor feudal em seu feudo.
A corveia: obrigava o servo a trabalhar na colheita do senhor feudal durante um período da semana.

10) O que era as Relações de Vassalagem e como funcionava?

R = Era o termo juramentado que ligava os senhores feudais ao rei. Nesse acordo, um rei cedia terras para o nobre que jurasse fidelidade a ele, permitindo que esse nobre explorasse essas terras e os servos que nelas trabalhassem. Tal fidelidade fazia com que o vassalo tivesse obrigações a cumprir com o rei sempre que fosse convocado, em especial quando se tratava de dever militar. Aquele que prestava o juramento era o vassalo e aquele que o recebia era o suserano.

11) Atividade de Corte: Faça um mapa mental do assunto por meio das figuras

R

 TEMA 2 - RENASCIMENTO

QUESTÕES DO LIVRO

12) O que é o Renascimento? (resposta slide)

R = O  termo  Renascimento  designa  um  conjunto  de transformações na mentalidade do homem europeu ocorrido entre o final da Idade Média e o início da Idade  Moderna.  Essas  mudanças  se  refletiam  na crescente  valorização  e  estudo  das  atividades humanas – o humanismo – e em uma postura mais racional  e  individualista  diante  do  mundo  em  que viviam aqueles homens.

13) O que é o antropocentrismo? ( pág 29)

R = o papel do ser humano na escolha dos rumos da própria vida era enaltecido. Alguns humanistas, como Pico Della Mirandola (1463-1494), argumentavam que Deus criou o homem dando-lhe liberdade para construir a si mesmo. Isso entrava em choque com a cultura teocêntrica (centrada em Deus) que predominava desde a Idade Média. Assim, se antes a humildade cristã recomendava "desconfie sempre de si mesmo", os humanistas cultivavam outra atitude:"confie em si e amplie suas potencialidades"

14) Fale sobre o conhecimento racional que passou a ser valorizado no Renascimento. (pág 29)

R = a pesquisa experimental, o estudo da natureza e os cálculos matemáticos eram valorizados. Isso se chocava com a supervalorização da fé (verdades reveladas pela religião) em todos os campos do conhecimento. Assim, se antes predominava o princípio do "crer para compreender", os humanistas buscavam "compreender para crer"

15) Fale sobre a valorização da Antiguidade Clássica. (pág 29)

R=
Os humanistas resgataram saberes e artes greco-romanos em diversos campos, como na filosofia, literatura, escultura, arquitetura, objetos de decoração etc.;

16) Escreva sobre a valorização do individualidade (pág 29)

R
=  curiosidade intelectual, a vontade de fazer ciência, o desejo de aventura e a expansão da criatividade foram estimulados. Expressando admiração pelo ser humano, Shakespeare (1564-1616) escreveu: "Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio, tão infinito em capacidade". Essa valorização do indivíduo se opunha ao coletivismo da cristandade, ou seja, à ideia de que os seres humanos pertenciam a
um mesmo rebanho de Deus, ao qual deviam submissão, obediência e mansidão.

17) Fale sobre Nicolau Copérnico e a Teoria Heliocentrica. (Pág 38)

R= O astrônomo e sacerdote polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) propôs a teoria heliocêntrica, segundo a qual a Terra e outros planetascse movem em torno do Sol. Essa teoria contrariava a interpretação bíblica da época, segundo a qual o Sol se movia em torno da Terra (teoria geocêntrica). Copérnico evitou divulgar suas ideias porque temia a reação das autoridades católicas. Seu livro Da revolução de esferas celestes foi publicado no ano de sua morte, provocando indignação entre os religiosos.

18) Fale sobre as analises posteriores sobre a teoria heliocentrica. (Pág 38)

R
= Posteriormente, analisando a teoria de Copérnico, cientistas como o alemão Johannes Kepler (1571-1630) e o italiano Galileu Galilei (1564-1642) passaram a defendê-la. Por isso, Galileu foi acusado de heresia pelas autoridades católicas. No entanto, para livrar-se das acusações e da pena de morte, ele negou publicamente suas convicções.

19) Destaque três grandes artistas italianos do período do renascimento. (pág 32 e 33)

Leonardo da Vinci (1452-1519) foi considerado um grande humanista. Sua obra se estende a diversos campos: anatomia, engenharia, mecânica, física, escultura, pintura etc. Pintou poucas telas e afrescos, mas suas criações são consideradas obras-primas, como A última ceia, Mona Lisa (ou Gioconda) e A virgem dos rochedos;
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) foi pintor, escultor e arquiteto. Pintou afrescos na Capela Sistina, em Roma (mais tarde integrada ao Vaticano). Como escultor, produziu obras-primas, como Moisés, Pietà e Davi. Como arquiteto, projetou a cúpula da Basílica de São Pedro, também no Vaticano;
Rafael Sanzio (1483-1520) foi outro mestre da pintura influenciado por Leonardo da Vinci e Michelangelo. Esse artista produziu afrescos para decorar o Palácio Apostólico, projetou partes da Basílica de São Pedro (a partir de 1514) e pintou representações da Virgem Maria com o Menino Jesus. A seguir, na seção "Painel", destacamos uma das mais importantes pinturas de Rafael, chamada Escola de Atenas.

APOSTILA 2 - O ANTROPOCENTRISMO NA IDADE MODERNA 

Antropocentrismo
20) Faça a leitura do texto "Antropocentrismo e Heliocentrimo" e marque na apostila os trechos que você considerar interessante durante a sua leitura.

R = LEITURA

21) Escreva sobre o Antropocentrismo em contraponto ao Teocentrismo.       

R = O Antropocentrismo é um conceito e uma filosofia que ressalta a importância do homem como um ser dotado de inteligência e, portanto, livre para realizar suas ações no mundo. A palavra vem do do grego: anthropos "humano" e kentron "centro" que significa homem no centro. Surgiu questionando o Teocentrismo sistema onde Deus (Theos, em grego) estaria no centro do mundo. Assim, o antropocentrismo é um conjunto de ideias onde o homem representa a figura central, nos campos da cultura, ciência, sociedade e é a principal referência para o entendimento do mundo. O ser humano, para o antropocentrismo, é racional, crítico, questionador da sua própria realidade e responsável, portanto pelos seus pensamentos e ações. Busca a verdade por meio de análises e do método racional e científico, através de provas e explicações, de preferência, matemáticas. Essa independência humana de Deus levou o ser humano a refletir, criar, difundir e produzir conhecimento de outra forma, possibilitou grandes descobertas científicas e o surgimento do individualismo. Por oposição, o Teocentrismo está relacionado à religião, que explica os fenômenos naturais a partir da vontade de um ser superior. Toda a sociedade, em seu aspecto social, cultural e econômico, deveria se basear segundo Deus. Foi um conceito muito difundido durante a Idade Média quando a religião possuía um papel importante na vida da sociedade.

22) Fale sobre o Antropocentrismo e a Religião.

R = Durante o século XV e XVI, a Europa passa por várias transformações econômicas e sociais. Alguns acontecimentos são as grandes navegações, invenção da imprensa, reforma protestante, declínio do sistema feudal, surgimento da burguesia, cientificismo, etc. Nesta época, surge o o humanismo renascentista e o antropocentrismo é parte de movimento. Com isso, os estudiosos tinham o intuito de trazer à tona questões baseadas no cientificismo empirista. Por isso, o antropocentrismo representou a passagem do feudalismo ao capitalismo mercantil, ou ainda, da passagem da Idade Média para Idade Moderna. As artes em geral (literatura, pintura, escultura, música, etc.) bem como a filosofia, se pauta em esta nova visão de mundo, a fim de criar suas obras. Igualmente, os humanistas incentivaram a inclusão de disciplinas no universo acadêmico, importantes para o desenvolvimento dessa nova mentalidade como filosofia, línguas, literatura, artes, humanidades e ciências.

23) Fale sobre o Antropocentrismo e religião

Embora a figura divina fosse questionada, Deus não foi deixado de lado no Antropocentrismo. O “sagrado” ainda fazia parte da vida das pessoas, no entanto, passou a não ser a única fonte da verdade. A própria Bíblia foi bastante estudada neste momento através de novas traduções e crítica histórica. A verdade, entretanto, deveria ser buscada através da racionalidade humana (razão), pois esta seria uma dádiva divina.

CRISTÃOS-NOVOS - OS PRIMEIROS COLONIZADORES DO BRASIL

Um povo que preserva sua identidade e conhece suas raízes deixará com certeza seu legado na história. As etnias formadoras do povo Brasil ...